Diário dos Açores

Simone Weil e o seu livro de Luz “Espera de Deus”

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O INESPERADO ACONTECE. UM FACHO DE LUZ E RESISTÊNCIA PENSO EM SIMONE WEIL e no seu livro de Luz “ESPERA DE DEUS” (2009) e dou por mim a meditar por que razão as nossas vidas são vazias, mesmo que repletas de adereços inúteis.
Na Introdução do livro podemos ler: “Uma última palavra sobre Simone Weil e Portugal. O leitor encontrará aqui um confidência que ela faz ao padre Perrin sobre três contatos com o “cristianismo”. (...). Os pais de Simone Weil estavam a passar uns dias de férias no Hotel Santa Luzia, no monte que domina Viana do Castelo. Simone optou por uma modesta pensão, em baixo na cidade: Dando umas voltas pelas redondezas, desceu até à Póvoa do Varzim, onde naquele dia, domingo, se celebrava a Senhora das Dores. (...) Simone Weil tinha 26 anos,. Oito anos que lhe restavam de vida não passariam em vão, como provam os textos de “Espera de Deus”,. Em correspondência à intervenção mais social e política de outros escritos desta fase final, a sua desperta de “atenção” e “espera” foi magnificamente gratificada. Isso porque, como ela recorda nos textos aqui propostos, é Deus que procura o homem, que o espera, exausto, sob o sol do meio dia, junto ao poço de jacob”.
Das badanas do seu também célebre livro “A Fonte Grega”, retiramos os seguintes elementos biográficos.” Simone Weil nasceu em Paris, em 1909. Filósofa, militante pacifista e sindicalista, ensina filosofia, trabalha agricultura, é operária numa fábrica de automóveis. Em 1936 parte para Espanha. onde participa, ao lado dos republicanos, na Guerra Civil, sem empunhar armas, por causa dos seus princípios pacifistas. Nascida judia, converte-se ao catolicismos em 1940, o que irá influenciar toda a sua vida e obra futura. Colabora na Resistência e, em 1942, deixa a França e parte para Nova Iorque com os pais, fugindo do extermínio nazi. Irá Depois para Londres, onde continua a sua luta contra o Nazismo, integrando o gabinete da Resistência Francesa liderado por De Gaulle. Morre nesta cidade em 1943, com apenas 34 anos, vítima de tuberculose, durante a greve de fome em Solidariedade para com aqueles que viviam e sofriam sob ocupação nazi. A maioria dos seus livros são publicados postumamente”.
SIMONE WEIL
A GRANDEZA É TÂO GRANDE QUE NEM HONRAS DE PANTEÃO.
SERES HUMANOS DESTES “MOVEM MONTANHAS”. MULHERES DESTAS SÃO DO GÉNERO HUMANO, COM UMA CENTELHA DIVINA, A ILUMINAR A HISTÓRIA.

Publicado originariamente, no dia 30 de maio de 2022, no FB na Página pessoal de Emanuel Oliveira Medeiros

* Doutorado e Agregado em Educação e
             na Especialidade de Filosofia da Educação

Emanuel Oliveira Medeiros
Professor Universitário*

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