Diário dos Açores

Carta anónima

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Recebi uma carta anónima. Hesitei muito em responder à missiva recebida. Mas, afinal de contas, sempre ouvi dizer que toda a carta merece resposta. E cá estou eu a responder publicamente a quem, cobardemente, perdeu tempo a juntar letras numa tentativa de fazer meia dúzia de frases com o intuito de me intimidar.
Pois bem, foi uma perda de tempo. Não sou intimidável e, muito menos, por quem nem tem a coragem de se identificar. Julgava eu que estávamos no tempo dos perfis falsos numa qualquer rede social. Enganei-me. Ainda há alguém com preferência por métodos do século passado.
De qualquer forma, o resultado é o mesmo: não tem qualquer resultado. Confesso que desconheço, por completo, de onde pode ter vindo tal pobre missiva. E também não vou sujeitar quem tem coisas sérias para investigar a perder tempo com brincadeiras de rapazes pequenos. A carta foi lida e seguidamente colocada no seu devido sítio. É que nem as referências futebolísticas estavam acertadas. Gosto muito do Ronaldo, mas não me considero o Ronaldo das crónicas. Se me conhecessem um pouco, sabiam que até tenho ligeira preferência pelo Messi. Teria esboçado um outro sorriso se a referência tivesse sido ao mago argentino. Mas para que fique claro, não me considero o A ou B das crónicas.
Sou o Hernâni Bettencourt. Sou natural das Lajes do Pico e residente em Ponta Delgada desde 2011. Casado e pai de três filhos. Sou técnico superior na administração regional, jurista, advogado e político. Com qualidades e muitos defeitos. Escrevo sobre o que quero, quando quero, assino e publico... enquanto essa for a vontade dos ilustres diretores dos jornais que gentilmente me acolhem. Não recebo um cêntimo pelos artigos de opinião. Foi sempre assim e assim continuará. Não sou testa de ferro de ninguém, e muito menos barriga de aluguer. A minha consciência é o meu farol. Elogio o que entendo elogiar. Crítico o que entendo criticar. Sem qualquer problema e muito menos receio. Assumo o que escrevo em qualquer circunstância.
Tenho um percurso, pessoal e profissional, que me deixa orgulhoso. O exemplo que quero dar é aos meus filhos. Não pretendo ser exemplo para mais ninguém. Quero, como até aqui, dormir de consciência tranquila. Para isso, continuarei a pensar e a decidir pela minha cabeça.
E foi por isso que decidi responder a quem, provavelmente, nem vai ler este texto após ver o título.
Boas férias e sejam felizes! Para tal, vivam a vida. A sua!
Será o primeiro passo para a melhorar...


*Jurista

Hernani Bettencourt*

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