Lista de espera para cirurgias baixa de 13 mil para 11 mil doentes
Diário dos Açores

Lista de espera para cirurgias baixa de 13 mil para 11 mil doentes

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A administração do Hospital do Divino Espírito Santo (HDES), de Ponta Delgada, anunciou ontem que o relatório do 2º trimestre de 2022 do SIGICA (Sistema Integrado de Gestão dos Inscritos para Cirurgia dos Açores) revela “uma melhoria significativa” na prestação do Serviço Regional de Saúde.
“E o desempenho do HDES nesta melhoria é cada vez mais claro”, garante uma nota daquele hospital.
Há uma redução de 16% no número de propostas de cirurgia (que constituem a famigerada LIC, Lista de Inscritos para Cirurgia - lista de espera), tendo passado, entre os trimestres homólogos de 2021 e 2022, de 13.394 para 11.255.
“[O HDES] encerrou o 2º trimestre de 2022 com um total de 7.527 propostas cirúrgicas ativas na LIC, representando uma diminuição de 22,5% (2.182 propostas cirúrgicas), face ao 2º trimestre de 2021”, refere o relatório.
Ou seja, um valor muito abaixo da média regional – ou, por outras palavras, “arrastando” fortemente a média regional para baixo, tendo em conta o peso da LIC no maior hospital dos Açores - sublinha o HDES.
Em relação às especialidades, “o maior destaque recai sobre as especialidades cirúrgicas de Oftalmologia (1.065 propostas cirúrgicas/46,3%), Otorrinolaringologia (718 propostas cirúrgicas/ 45,6%) e Neurocirurgia (172 propostas cirúrgicas/ 48,0%)”, refere o relatório.
Quanto aos utentes que foram operados nestes períodos, “no 2º trimestre de 2022 no SRS foram operados 2.662 utentes que se encontravam inscritos na LIC, correspondendo a mais 295 cirurgias do que no 2º trimestre de 2021”, ou por outras palavras, houve um aumento de 12,5% nos Açores.
Quanto ao HDES, “encerrou o 2º trimestre de 2022 com um aumento de 35,5% no número de operados, comparativamente a igual período do ano anterior”.
Foram realizadas 1507 cirurgias, sendo que as especialidades cirúrgicas que registaram o maior número de operados foram a Oftalmologia (397 cirurgias realizadas), a Cirurgia Geral (291 cirurgias realizadas) e a Otorrinolaringologia (239 cirurgias realizadas)”.
“Tudo isto quando, em simultâneo, houve um aumento do número de cancelamentos (explicado pelas contingências da pandemia, não as imaginárias mas as reais, aquelas que na verdade ocupam as camas do hospital e não permitem realizar as cirurgias… “no beds means no beds”) e um aumento do número de utentes inscritos na LIC (porque, obviamente, a doença não espera pela capacidade de resposta, e as coisas são o que são)”, conclui a nota do HDES.

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