O projecto de intervenção na Lagoa do Fogo que custa 1,7 milhões de euros
Diário dos Açores

O projecto de intervenção na Lagoa do Fogo que custa 1,7 milhões de euros

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O “Diário dos Açores” revela nestas duas páginas o projecto de intervenção para a Lagoa do Fogo, na ilha de S. Miguel.
Texto e fotos são da autoria do projecto da Secretaria do Ambiente, a que tivemos acesso, do seguinte teor:
“Com este novo anteprojeto, prevê-se abandonar um conjunto de soluções que faziam parte do anteprojeto inicialmente apresentado, com destaque para as seguintes alterações:
A Supressão total do túnel a escavar no interior da vertente da caldeira da Lagoa do Fogo; A Eliminação do edifício a escavar também no interior da vertente da caldeira; A Eliminação de novos miradouros e plataformas na vertente da Lagoa; Manutenção do miradouro principal, procedendo à sua requalificação.
Ou seja, com este novo anteprojeto que agora é apresentado pela SRAAC, pretende-se colmatar a maioria das preocupações e reivindicações que tinham sido feitas, corrigindo ou eliminando muitas das situações anteriormente apontadas.
Na área de intervenção I, que corresponde à zona da antiga curva, entretanto desativada, prevê-se a implantação de um edifício de apoio aos visitantes
Esta solução permite minimizar o impacto visual da infraestrutura a construir, sobre a qual será reconstruída a topografia natural do terreno.
Como terei oportunidade de mostrar mais à frente na apresentação, o edifício ficará oculto, o que permitirá corrigida a ferida existente atualmente na paisagem.
A área de intervenção II corresponde à zona do atual miradouro.
Neste caso, o que se pretende é apenas a execução de ações de requalificação e beneficiação do atual miradouro, intervindo apenas numa zona que já atualmente alvo de enorme pressão, não criando novas zonas de pressão na zona classificada como reserva natural.
Como se pode verificar através desta imagem, o edifício de apoio à visitação será implantado sobre a antiga curva, implicando uma mobilização de solos mínima, e sempre fora da zona de reserva natural, com a vantagem adicional de eliminar simultaneamente a ferida que existe na paisagem.
Não serão criados novos miradouros, sendo que o atual miradouro será requalificado, sem exceder significativamente a área que já é alvo de pressão.
Não serão também criados novos parques de estacionamento.
Com esta solução, o acesso ao miradouro através do interior do edifício irá proporcionar um conjunto de serviços de apoio aos visitantes, bem como permitirá a implementação de um sistema de controlo de acesso ao interior da Reserva Natural, disciplinando o fluxo de visitantes ao local e descidas ao plano de água da lagoa. Com a criação de um regulamento de acesso à caldeira da Lagoa do Fogo, à semelhança do que já ser verifica, por exemplo, em relação à Reservas Naturais da montanha do Pico ou da Caldeira do Faial, será possível garantir que é respeitada a capacidade de carga do local.
No entanto, como se pode ver, o acesso ao miradouro não se fará apenas pelo interior do edifício, prevendo-se  um acesso alternativo ao miradouro desenhado ao largo da estrada regional,
materializado por um percurso ligeiramente sobre-elevado em relação ao plano da estrada, protegido lateralmente por uma guarda de proteção que garantirá uma maior segurança aos visitantes, na ligação entre o parque de estacionamento e o miradouro, nas situações em que o edifício de apoio se encontrar encerrado.
Sobre o atual miradouro, a solução apresentada propõe uma requalificação generalizada projetada em 3 diferentes plataformas, desniveladas entre si, por forma a minimizar as alterações na topografia do terreno e simultaneamente criar novos espaços de contemplação sobre a lagoa e sobre a paisagem envolvente.
Estas plataformas estão projetadas de forma articulada com o sistema de rampas de acesso ao miradouro, proporcionando uma maior dispersão dos visitantes.
Na plataforma intermédia está previsto um ponto de acesso ao trilho, constituído por um pórtico munido por um sistema de controlo de acesso.
E com estes perfis já é possível ter uma ideia do interior do edifício de apoio.
Prevê-se dotar o interior do edifício com um conjunto de valências, nomeadamente um posto de informação ambiental/turística, uma zona de apresentações, um conjunto de instalações sanitárias, uma área técnica para instalação de equipamentos necessários à manutenção do espaço e finalmente um percurso de acesso à caldeira
A implantação do edifício sobre este espaço vazio e neste momento sem uma função especifica, permitirá reduzir de forma expressiva a movimentação de terras no local e simultaneamente irá garantir, com a reposição da topográfica natural do terreno, uma melhor integração o projeto na paisagem envolvente.
Como se pode ver, aproveitando a topografia do terreno, cada plataforma tem acesso direto a partir do percurso de acesso ao miradouro”.

 

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