Diário dos Açores

Chegada a Ponta Delgada só a lembrar

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Foi depois da Povoação
Chegando ao Rosto de Cão
Viram uma enseada
Ao ser um plano terreno
Não sendo nada pequeno
Lá nasceu Ponta Delgada

Foi lento, mas lá crescia
Desde a velha Povoação
E então o que se comia
Saia era do chão

 Se os diversos legumes
Pois lá da terra tiraram
Foram hábitos, costumes
Que nestas Ilhas ficaram

 Cevada, centeio, trigo
Cana do açúcar, pastel
Com o tempo como amigo
Ia dando em São Miguel

 As aves com abundância
Eram fáceis de apanhar
Mas também tinha importância
O que andava a pescar

 Quando chegava uma Nau
Queriam-se dividir
Caloura Água de Pau
E mais terras a seguir

 Aumentou População
Com Lagoa e Atalhada
Seguiu-se Rosto de Cão
Chegando a Ponta Delgada

 Melhor sítio até agora
Com mesmo ampla visão
Lento, mas em boa hora
Formou-se uma Povoação

Com um Porto Piscatório
São Pedro foi adorado
Serviu para o campónio
Depois do Templo acabado

 Pero Teve na Calheta
Se houve quem quis pescar
Havendo o da picareta
Pois foi mesmo um tal andar

 Se em Santa Clara existia
Uma Ponta bem Delgada
Um biscoito parecia
Certo é que ficou gravada

 Certo História não mudou
O que aqui vai contada
Assim o nome ficou
Ponta Delgada chamada

João Sardinha *

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