Zé Amaral: um jovem cantador
Diário dos Açores

Zé Amaral: um jovem cantador

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Quem é o Zé Amaral?
O meu nome é José Sousa, sou natural de Rabo de Peixe, tenho 34 anos e sou de uma família humilde de quatro irmãos. Sou o único na família que sabe tocar e cantar.

Quando surgiu o gosto pela música?
O gosto pela música surgiu em 2003, quando conheci o Jack Sebastião, um artista açoriano emigrado para a América, um luso-americano, mas já tinha o meu primeiro violão.

Em que altura da sua vida começou a cantar para o público?
Comecei a cantar para o público no ano de 2006, em Rabo de Peixe, nas famosas dispensas (castanholas). É uma tradição única da vila de Rabo de Peixe.

Que tipo de música canta?
Canto um pouco de tudo, músicas do género sertanejo e popular, e ainda cantigas ao desafio.

Interpreta apenas canções de diversos artistas ou tem originais?
Canto músicas de vários artistas, como por exemplo Zezé Di Camargo e Luciano; Eduardo Costa; Lucas e Mateus; Jack Sebastião, entre outros. Canto um pouco de tudo, menos músicas em inglês.
Tenho catorze músicas originais escritas por mim, mas nunca foram cantadas em público. Entre esses originais tenho uma canção na qual escrevi para a minha namorada, e que costumo cantar com ela em festas de convívio entre família e amigos.

Que instrumentos toca?
Toco violão, acordeão e viola da terra.


Com quem aprendeu a tocar e qual o seu instrumento preferido?
Aprendi a tocar sozinho.
Eu ia para as festas do Espírito Santo em Rabo de Peixe, onde iam cantar e tocar grandes cantadores, levava o meu violão e ia perguntando os acordes, e em casa ia experimentando e tocando.

Instrumento preferido é o violão.

 

Onde o público o pode encontrar a cantar?
Em 2015 era vocalista de uma banda “Flashback” e cantava nas festas das freguesias, actualmente a banda já não existe.
Agora também por força da minha namorada estou planeando montar uma banda. De momento toco em festas em honra do Espírito Santo e em convívios entre amigos.

A pandemia perturbou a sua actividade e como está a ser este período pós-pandemia?
A pandemia fez cancelar todos os eventos, e deixei de cantar e tocar nas festas dedicadas ao Espírito Santo.
Agora tive a oportunidade de tocar nestas festas realizadas por pessoas amigas que tiveram Domingas, toquei e cantei na festa da freguesia da Lombinha da Maia, e igualmente recebi convite de amigos e em convívios de pessoas conhecidas.

Já actuou fora dos Açores e se sim, em que locais e contexto?
Actuei em Santa Maria, na festa do Santo Cristo apenas, nunca toquei fora dos Açores.
Eu também não sou conhecido nem faço vida disso, tenho o meu trabalho, toco e canto mais em festas em honra do Espírito Santo e convívios familiares.

O que considera ser necessário para a cultura popular açoriana ser mais divulgada, protegida e valorizada?
As juntas de freguesia e câmaras deviam dar oportunidades aos músicos da ilha. Oportunidades refiro-me que a maioria das vezes as oportunidades são para os cantores de fora e que já têm fama, esquecem-se um pouco dos talentos que temos cá na ilha. Também deviam dar mais oportunidade a esses cantores, mas eu como disse, não faço vida disso, mas gosto de tocar e cantar, é um extra para a vida.

Quais as suas expectativas futuras?
Montar a minha banda. Gravar as minhas músicas originais.

 

por: Creusa Raposo

jornal@diariodosacores.pt

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