Algo que nos gera tensão e ansiedade são as contrariedades! Mesmo lidando com elas desde que nascemos é comum interpreta-las como ameaças pessoais. Porque é tão difícil de aceitar quando as palavras ou ações de alguém próximo, estão em desacordo connosco?
Se por um lado queremos ser adultos e independentes, por outro fazemos “birra” quando não nos fazem as vontades, quando a vida não corre como gostaríamos, quando uma situação nos desafia e surpreende. Queremos que o problema se resolva, ou que alguém o resolva? Esperamos que Deus, o Governo, o chefe ou o Universo, tragam a solução? Quantas vezes nos desresponsabilizamos da nossa ação na criação do problema, e da sua resolução?
Quantos têm a coragem de pedir ajuda profissional? Ou a humildade para perceber que, talvez, a forma como estejam afazer ou apensar, não sejam as únicas ou as melhores?
Se queremos ser livres, temos de nos responsabilizar! Um gato doméstico não tem de procurar abrigo e alimento, mas não é livre. Um gato selvagem é, mas tem de assumir a responsabilidade por satisfazer todas as suas necessidades. É preciso crescer a todos os níveis. E responsabilizarmo-nos por alcançar a nossa liberdade financeira, de expressão, de pensamento e emocional. Só assim poderemos ser felizes. E recordo que a felicidade não está “lá ao fundo”, e também não está na perfeição, pois talvez essa não exista. Só percebendo a nossa “imperfeição” é que seremos capazes de evoluir. E aqui, temos um longo caminho, um que talvez nunca acabe. Mas seguramente, neste caminho de aperfeiçoamento, vamos aprendendo a viver melhor e a ser mais felizes!
Fique bem, pela sua saúde e a de todos os Açorianos!
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
* Psicóloga Clínica e Psicoterapeuta
Vogal da Direção da Delegação Regional Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses
Joana Amen*