Quando ouvimos a expressão “Psicologia Criminal”, vêm logo à nossa mente séries como “Mentes Criminosas” ou “CSI”e a associação à capacidade de traçar um perfil de um indivíduo procurado por algum crime atroz que cometeu.
Se a Psicologia é o estudo científico do comportamento e dos processos mentais, a Psicologia da Justiça dedica-se à compreensão, avaliação e intervenção sobre fenómenos definidos pela aplicação da Justiça. A Psicologia Criminal dedica-se ao estudo do comportamento criminoso, aos olhos do que a lei define como crime, explicando esse comportamento à luz da Psicologia. A Psicologia Forense tem como objeto a avaliação do comportamento humano nos vários contextos que a Justiça lhe proporciona, sobretudo numa perspetiva pré-sentencial, ou seja, funcionando como elemento de ajuda à tomada de decisão judicial.
Durante o último século, a Psicologia ganhou reconhecimento enquanto área do saber e, nos últimos 30 anos, podemos afirmar que a Psicologia deu passos decisivos para ser reconhecida como uma ciência de grande importância no auxílio à Justiça para a tomada de decisão, assim como a Justiça caminhou para a Psicologia, num feliz casamento.
O Psicólogo da Justiça intervém com ofensores, vítimas e ainda efectua avaliações de vítimas, ofensores e testemunhas de crime. A Psicologia da Justiça, diariamente, contribui para ajudar a entender os intervenientes envolvidos – vítimas, ofensores, famílias e grupos - contribuindo para que haja um entendimento moderno da Justiça.
Abordar a Psicologia da Justiça, como fazemos neste artigo, é, igualmente, comprovar a transversalidade da Psicologia na vida dos cidadãos e das comunidades, bem como a forma como as Psicólogas e os Psicólogos se constituem como parceiros das pessoas, das comunidades e das instituições. No quotidiano pessoal, comunitário ou institucional conte sempre com a Psicologia e com os seus operários, os Psicólogos e as Psicólogas, que, pelas nove ilhas dos Açores, diariamente desenvolvem a sua acção. Conte, sempre, connosco!
Fique bem pela sua saúde e a de todos os açorianos.
Um conselho da Delegação Regional dos Açores da Ordem dos Psicólogos Portugueses.
Josefina O. Pacheco*
*Psicóloga Clínica e da Saúde
Perita no INMLCF – Açores Oriental