Diário dos Açores

Trafulhices da República

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A queda do Governo da República e o desaparecimento da vida governativa do ministro Galamba (se não se demite, deve ser demitido) é uma boa notícia para as Autonomias Regionais, que foram castigadas nos últimos anos pelas decisões centralistas do Terreiro do Paço.
O sufoco decretado às Regiões Autónomas, com algum requinte de malvadez política, foi de tal ordem que levou mesmo a República a empurrar para os Açores obrigações do Estado, causando avolumados prejuízos à nossa Região, que é como quem diz, à algibeira dos contribuintes açorianos.
O caso das OSP para o Faial, Pico e S. Jorge é um dos mais flagrantes, em que o Governo da República nunca aplicou o que foi aprovado em Orçamento de Estado.
Pelo meio, nos últimos tempos, assistimos a várias mentiras do ministro arguido e de deputados açorianos - que fizeram triste figura de subjugação ao malogrado governo da República, em vez de defenderem os interesses dos Açores -, ficando-se a saber que só agora, mais de um ano depois do Orçamento de Estado ser aprovado, é que o pedido das OSP foi encaminhado para a Comissão Europeia.
Até lá, somos nós, accionistas da SATA, que estamos a pagar os prejuízos destas rotas, que são uma obrigação do Estado português.
Estamos a gemer, igualmente,  com o dinheiro em falta para as reparações dos estragos do furacão Lorenzo e, como se não bastasse, os senhores arguidos da República ainda se recusam a pagar a substituição do anel de comunicações interilhas, oferecendo-nos mais esta despesa do Estado.
Em vez de pagar o que deve, o Governo de António Costa ainda nos queria espoliar com a Lei do Mar, que terá uma bendita morte com a queda do governo.
É, também, este governo, que anda há meia dúzia de anos a tentar lançar a primeira pedra no monte de bagacina que é a nova cadeia de Ponta Delgada e que se mostrou incapaz, desde 2017, de efectuar as obras no cais NATO, no porto de Ponta Delgada.
Este governo não deixa saudades aos açorianos, que teve a desdita de sufocar, ainda, a Universidade dos Açores, prometendo milhões em festa de campanha, até hoje!
Tudo somado, somos nós, açorianos, que vamos socorrendo o desprezo do Estado nestas ilhas. Uma região com uma enorme dívida às costas.
 E que não guarda dinheiro em envelopes escondidos em garrafas de vinho!

Osvaldo Cabral

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