Diário dos Açores

Berta Cabral diz que obras públicas estão a entrar em ‘velocidade de cruzeiro’

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A Secretária Regional do Turismo, Mobilidade e Infraestruturas afirmou ontem, na Ribeira Grande, que as obras públicas nos Açores “estão a entrar em velocidade de cruzeiro”.
“Quando temos que lançar grandes obras, temos pela frente um trabalho de gabinete muito demorado até se chegar ao processo de lançamento de concurso, de adjudicação e de assinatura dos autos de consignação”, disse Berta Cabral, falando no final da cerimónia de assinatura do auto de consignação da empreitada de estabilização da falésia da freguesia das Calhetas (1.ª fase).
Berta Cabral recordou que a obra da falésia das Calhetas é a terceira consignada ao longo destas semanas, adiantando que “isto não acontece, como alguns pensam, por uma fúria de apresentar obras, mas sim porque só agora” se entra em “velocidade de cruzeiro”.
“Por estarmos a entrar em velocidade de cruzeiro, muitos acham que está na altura de interromper o nosso trabalho. Isso não é justo para a população, nem é correcto. Estamos, agora, a mostrar o trabalho feito ao longo deste ano e meio, em que não tivemos um minuto de descanso”, frisou.
Esta obra, reivindicada há mais de 20 anos pelos órgãos autárquicos e pela população das Calhetas, representa um investimento de cerca de 2,4 milhões de euros, tem um prazo de execução de 600 dias e arranca no imediato.
Segundo adiantou a governante, “hoje, é um dia especial para o concelho da Ribeira Grande e, sobretudo, para a população da freguesia das Calhetas, mas também para o Governo dos Açores, porque hoje começa a contar o prazo para o fim desta importante obra, há muito desejada pelos órgãos autárquicos e pela população local”.
“Esta obra não é para o Governo. Esta obra é para as pessoas que aqui vivem. Esta obra é para proteger as pessoas que têm as suas habitações ao longo desta via e para proteger a Igreja”, disse.
Considerada por Berta Cabral como “a obra mais urgente”, a protecção da orla costeira das Calhetas vai decorrer numa extensão de cerca de 180 metros e abrange as zonas das ruas da Boavista e da Boa Viagem, onde se têm verificado vários deslizamentos de terras.
Esta intervenção (tipo quebra-mar de berma), que surge em tempo recorde para garantir a segurança das pessoas que residem junto à falésia das Calhetas, apresenta, em perfil transversal, uma plataforma com coroamento à cota +8,0 metros, com largura mínima de 15 metros, e uma berma à cota +6,5 metros, com largura de 10 metros, cujos taludes têm uma inclinação acentuada - 3(H):2(V).
Está ainda prevista a construção de um descarregador com vista a eliminar a erosão provocada pela descarga de águas pluviais sobre a falésia.
O acesso à obra passará pela construção de uma rampa provisória para vencer o desnível entre o topo da falésia e a praia situada nas proximidades, não se prevendo condicionalismos à utilização da zona balnear, a nascente da intervenção.
A zona de intervenção da obra abrange uma extensão de cerca de 180 metros nas zonas das ruas da Boavista e da Boa Viagem onde se têm verificado mais recentes deslizamentos de terras.
Está prevista também a construção de um descarregador com o objectivo de eliminar a erosão provocada pela descarga de águas pluviais sobre a falésia.
Berta Cabral aproveitou a oportunidade para anunciar que, nos próximos dias, o Governo dos Açores vai tomar posse administrativa dos terrenos expropriados para avançar com a obra da variante à cidade da Horta.
A governante anunciou, ainda, a assinatura dos autos de consignação das empreitadas de construção das variantes de Santa Maria e de São Jorge até final deste ano.

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