O amor que se tornou veneno
Dionísio Fernandes

O amor que se tornou veneno

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como existe o amor e existe o ódio, então talvez possamos falar em algo mais forte:
no amor que se torna veneno.
Se considerarmos que o amor é um daqueles sentimentos puros que se soltam, o ódio é o oposto, prende. Mas prende quem odeia. Já no amor que se tornou veneno observamos duas pessoas; uma que tenta, a todo o custo, prender outra, e esta que tenta, tanta vez sem sucesso, libertar-se.
Quando o amor se torna veneno e a vida muda, todas as impurezas acumuladas purificam-se com lágrimas. São mágoas afogadas em águas passadas. São pessoas íntimas que se tornam inimigas, mesmo que este não seja o desejo das duas.
E o vento leva a memória das vidas. E, por alguns momentos, para alguém, como folhas já castanhas, que o sol ilumina.
Momentos, em que os dias quentes são noites frias.
E sempre o ego a comandar, e nunca em busca de nenhum bem comum.
E, porque falo em ego, não posso deixar de pensar em prazer. Há prazer no amor, até consigo aceitar que haja quem sinta prazer no ódio. Uma vez que o ódio varia conforme ele contenha objetivos, tal como desejar mal a alguém. Tal como no amor que virou veneno, o prazer é sentido em função de dois “caminhos”: o caminho, no qual desejamos mal a alguém, e este mal atinge o seu objetivo, que é um sucesso, e qualquer sucesso é uma fonte de prazer; no outro caminho encontramos os insucessos do outro, que não dependeu diretamente dos nossos esforços.
E haja saúde

 

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