Sol de pouca dura
Dionísio Fernandes

Sol de pouca dura

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Ou nada dura para sempre, ou ainda, se reparem na fotografia, preencher o todo com apenas parte é tarefa ingrata.
Mas como eu adepto do “practice makes perfect” (a prática leva à perfeição) há que treinar muito o que se sente nesta altura. Apesar da minha descrença parcial, no homem, sinto-me impelido a acreditar na possibilidade de melhorarmos. Sim, porque praticar o bem também se pode repetir e treinar até à exaustão. Precisamos.
As pessoas podiam apreciar, valorizar, tudo o que têm, alguns até que podiam ter menos um pouco, e não, nunca, esquecer os que nada têm, em qualquer época do ano, como os muitos milhares de migrantes desesperados e apenas alimentados por esperança, por esta Europa fora.  
Mas isto é mais do mesmo. Um saco cheio de sugestões e lamentações com periodicidade anual. O Natal para mim é mais que isto.
Que falta me faz a minha Avó. Assim como vos faltará a vossa avó e o cheiro a infância. Hoje pergunto-me onde raio é que ela arranjava tanta paciência para uma maratona na cozinha. Como se dependesse dela a alegria de miúdos e graúdos, no meio de uma sala e à volta de uma mesa. Avós, pais, filhos, primos e tios, todos juntos, ao menos uma vez no ano. Tomava aquela tarefa como uma missão que lhe tinha sido transmitida e que dependia dela mantê-la e transmiti-la.
Se isto não era amor que venha Deus à Terra dizer o contrário.
Haverá melhor forma, e época, de homenagear as Avós ?
haja saúde
boas festas

 

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