Bloco acusa PS de falta de vontade política  para acabar com desrespeito pelos direitos humanos no estabelecimento prisional de Ponta Delgada
Diário dos Açores

Bloco acusa PS de falta de vontade política para acabar com desrespeito pelos direitos humanos no estabelecimento prisional de Ponta Delgada

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O Bloco de Esquerda acusa o Governo do PS de “falta de vontade política” em construir o novo estabelecimento prisional em São Miguel, e que é preciso acabar com a situação de desrespeito pelos direitos humanos dos reclusos e dos profissionais da actual cadeia.
Em resposta a António Costa, Primeiro-ministro e líder nacional do PS, que referiu que nenhum líder partidário devia fazer uma campanha sem vir aos Açores, Jessica Pacheco disse que “os açorianos estão cansados de visitas, precisam mesmo é que haja o cumprimento dos compromissos”.
A construção de um novo estabelecimento prisional em São Miguel é um processo que se arrasta há décadas e foi prometido em sucessivas campanhas quer pelo PS, quer pelo PSD. Apesar da falta de condições do actual estabelecimento prisional de Ponta Delgada nenhum destes partidos resolveu o problema quando esteve no poder na República.
Actualmente decorre um processo que a candidata do Bloco considera, “no mínimo, estranho”, porque o terreno escolhido para construir o novo estabelecimento prisional, cedido pelo Governo Regional, tem um monte de bagacina que está a ser removido, uma obra de cerca de 3 milhões de euros só para preparar o terreno para a posterior construção do edifício.
Jessica Pacheco defende que o próximo Governo da República deve procurar um novo terreno que tenha as condições adequadas a começar a obra de imediato. “Com certeza existem terrenos em São Miguel com a mesma dimensão, mas já com as condições necessárias para avançar com a obra de imediato”, disse a candidata, salientando ainda que a compra de um novo terreno teria sempre um custo inferior aos três milhões de euros que estão a ser gastos na remoção da bagacina.
A candidata lembra que o actual terreno não tem condições para construir o estabelecimento prisional e considera que o processo é estranho: “Estamos a falar de uma pedreira que foi entregue à Segurança Social para pagar uma dívida de 1,6 milhões de euros pela mesma empresa de construção civil que agora está a remover um monte de bagacina durante anos”, um negócio no valor de aproximadamente 3 milhões de euros.
Recorde-se que, por proposta do Bloco de Esquerda, a Assembleia da República decidiu no sentido de ser encontrado um novo terreno para a construção do novo estabelecimento prisional, mas o Ministério da Justiça decidiu não cumprir a decisão do parlamento.
Jessica Pacheco vê esta decisão do Ministério da Justiça como mais uma prova da “falta de vontade política” em avançar com a obra.

 

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