O que sobra de quem fomos? Sobra quem somos
Dionísio Fernandes

O que sobra de quem fomos? Sobra quem somos

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O pior dos erros dos humanos é imaginar o sucesso e falhar. E existem muitos que falham.
E pelo andar desta invasão, é isto para o lado deles.
Devo confessar que este monstro (putin) desorienta-me. E desorienta-me ao ponto de, neste caso, não saber por onde começar.
Depois de alguma pesquisa, histórica e literária, incluindo ler e ouvir gente contemporânea, e até ler opiniões do “outro lado”, como a de pessoas ligadas ao pcp, num momento que senti um pouco de vergonha alheia, com estes, pela sua posição pró-russia, que me concedesse alguma racionalização sobre o comportamento da besta, e encontrei isto, relativamente a este ultimos:
Escolhi esta passagem do Notas do Subterrâneo, de Dostoiévski, com cerca de 150 anos: “Ao contrário, a realidade mais evidente, que saltava aos olhos, era percebida por eles de maneira fantasticamente tola, e já naquela época tinham o hábito de curvar-se unicamente ao sucesso pessoal. Todas as coisas justas, mas oprimidas e humilhadas, eram motivo de suas zombarias impiedosas e infames.”.
Sobre a besta, e as invasões da Ucrânia ao longo dos séculos, que saliento duas a do tsar Pedro o grande, e Stalin, entre 1932 e 1933, e as palavras do historiador russo P. Kolvayevski:
“Poderíamos ficar entusiasmados para sempre com as ações de Pedro e ainda não descrever a sua plenitude, brilho e valor de tudo o que ele alcançou. Mas ao criar, destruiu. Causou dor a todos com quem ele entrou em contato. Destruiu a segurança, paz, prosperidade, interesses, força, bem-estar, direitos e dignidade de todos que o tocaram. Ele fez coisas desagradáveis ​​para todos. Doeu a todos. Ele tocou nos interesses intelectuais, políticos, sociais, financeiros, familiares, morais e espirituais. É possível amar um político assim? De maneira nenhuma. Esses homens são odiados.”
O que nos vale é que (acho) melhoramos, e o melhor dos humanos veio ao de cima, o envolvimento dos voluntários não dá para descrever em palavras, são verdadeiros anjos. As estórias de voluntários a recolher e a encaminhar famílias nas fronteiras, desesperadas, vão-se multiplicando.

E obrigado besta, trouxeste ao de cima o melhor do ser humano, no fim vamos sair melhores e mais fortes.
Uma Europa unida.
Um planeta unido.
Uma humanidade mais humana.

 

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