Empresários preocupados com fundos do PO 2030 e do PRR
Diário dos Açores

Empresários preocupados com fundos do PO 2030 e do PRR

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A Câmara do Comércio de Angra do Heroísmo promoveu um encontro que juntou à mesma mesa várias associações empresariais multisetoriais dos Açores.
A reunião realizou-se no concelho das Velas, em São Jorge, na Casa Museu Cunha da Silveira, e contou com a presença de António Severino da ACIP – Associação Comercial e Industrial da Iha do Pico; Alfredo Cunha e Mário Veiros da CCISJ - Câmara do Comércio de São Jorge, Célio Teves da AEA - Associação Empresarial dos Açores, Luciano Melo do NELAG - Núcleo de Empresários da Lagoa, e Sandra Brasil, do Núcleo Empresarial de São Jorge.
Tendo em conta a atual situação da economia dos Açores, e o aparecimento de diversas associações empresariais multissectoriais, entendeu a CCAH “como oportuno e fundamental promover uma reunião em que fossem ouvidas as preocupações das associações relativamente ao panorama socioeconómico da Região Autónoma dos Açores e o papel que as mesmas podem ter no panorama económico regional”.
Nessa reunião os dirigentes empresariais fizeram uma análise da economia regional com base nos indicadores económicos da OCDE de 2019, que coloca a Região na “cauda” do país e da Europa, e na importância que o próximo Quadro Comunitário de Apoio tem para reverter este cenário.
“As empresas e a iniciativa privada são um motor essencial para a criação de riqueza do país, pelo que não faz qualquer sentido a anteproposta do PO Açores 2030 apresentar uma diminuição de 93 milhões de euros na competividade empresarial, comparando com o quadro comunitário anterior”, lê-se numa nota enviada ao nosso jornal.
Manifestaram igualmente preocupação com os fundos do PRR destinados às empresas, “uma vez que até à data nada se sabe como vão ser aplicados os 117 milhões que estavam destinados às Agendas Mobilizadoreas, e os 125 milhões da recapitalização das empresas ainda não estão disponíveis, nem é conhecido os contormos em que as empresas poderão recorrer. Todas estas preocupações somam-se ainda à previsão do aumento das taxas de juro, da inflação, do aumento constante das matérias primas e subsidiárias e à falta de mão de obra”.
Realçaram o aumento significativo que tem tido o salário mínimo nacional, e consequentemente, o regional, e a falta de resposta ao alargamento do mecanismo compensatório às empresas da Região, pelo segundo ano consecutivo.
Neste enquadramento, os participantes do encontro concluíram que as empresas regionais terão dificuldades e desafios acrescidos, “pelo que é essencial que os incentivos existentes sejam adequados às necessidades atuais, quer em termos de dotação, quer em termos de critérios de acesso, sublinhando-se que os concelhos e as ilhas mais periféricos da Região sofrem de dupla insularidade, incorrendo em custos acrescidos na sua atividade, por um lado, e a uma menor disponibilidade da generalidade dos recursos fundamentais ao seu desenvolvimento, por outro”.    
Todos os intervenientes consideraram fundamental  a continuidade da realização de iniciativas deste tipo, com carácter periódico, pelo que comprometeram-se a reunir de três em três meses, alternando o formato da reunião entre o online e o presencial, sendo que, neste último caso, devem reunir primeiramente nas ilhas de São Jorge (o que já aconteceu), Graciosa, Flores, Corvo, Pico e Santa Maria. 

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