A CEO da TAP garante estar a assistir a “sinais positivos de recuperação depois da pandemia” mas que perante o agravamento do conflito armado na Ucrânia surgem novos “desafios”.
”Não sabemos qual vai ser o seu impacto, tirando o facto de os preços estarem a aumentar e a flutuar”, disse Christine Ourmières-Widener, ontem, na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), durante a apresentação da estratégia da TAP para o verão.
A responsável, que falava depois das notícias que davam conta de uma subida da sobretaxa do combustível, reconheceu que uma subida de preços era “inevitável”, argumentando que “a TAP precisa de ser competitiva, mas ao mesmo tempo precisa de enfrentar a flutuação dos custos”.
“Temos de ter muito cuidado com a procura e vamos monitorizá-la de perto, numa base diária. Queremos trazer mais turismo para Portugal. Estamos apenas a seguir o que a indústria está a fazer”, ressalvou a responsável.
Ontem, a companhia aérea portuguesa anunciou que vai aumentar a taxa de combustível (YQ) devido ao aumento do preço do jetfuel, um dos principais fatores de custo na aviação.
De acordo com o comunicado enviado às redações, a TAP explica a medida surge devido à previsão de alguns analistas que antecipam para o sector da aviação um impacto “extremo” causado por este aumento “brutal” do combustível.
Embora a longo prazo a companhia aérea diz acreditar que a “a situação poderá estabilizar”, a curto prazo será “inevitável que os preços das viagens aumentem”.